domingo, 26 de abril de 2009

Biblioteca viva itinerante 26.04



Aqui estão alguns momentos do inicio do trabalho de kirigami dentro do evento Biblioteca viva intinerante no Zerão. Foram 3 horas de atividades recreativas, encontrei vários amigos e ex-alunos. Sempre é gratificante participar de eventos. 

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Kirigami na Biblioteca Viva


Cortar kirigami em eventos é sempre uma diversão, porque sempre aparece um repertório de pessoas interessantes e pontos de vista diferentes a serem explorados como potencial de motivação a novos desafios em propostas de kirigami. Sempre tem alguem que quer e merece algo diferente, especial, exclusivo para esta pessoa, como um retrato em kirigami da sua própria imagem ou uma criação exclusiva, única. O kirigamista faz mais que vencer desafios, ele os eleva a quase perfeição e a um outro nível que sensibiliza e arrebata o expectator. Hipnotizado e sequestrado pelo efeito ludico do kirigami, o expectator é levado ao mundo da imaginação de gênios e loucos, que versa pelo infinito das possibilidades tangíveis pelo olhar diferenciado do artista. Se kirigami é arte ou artesanato, pouco me importa, me importa o efeito sensível, excitante, instigante, intelectualizante, transcedente e o valor agregado que um pedaço de papel assume ao se tornar um Kirigami. 

quinta-feira, 16 de abril de 2009

KIRIGAMI a arte de cortar papéis por Ângelo César Meneghetti

O kirigami surgiu na China com a própria invenção do papel conhecido como Jian Zhi  com uso de facas (estiletes) ou tesoura. Quando foi levado para o Japão desenvolveu duas vertentes, o Origami (Ori=dobrar e Kami (lê-se Gami) = papel e o Kirigami (Kiri = cortar e Kami = papel) que ao pé da letra seriam as artes de dobrar e cortar papéis, onde se tornaram duas artes independentes. O kirigami e o origami fazem parte do currículo escolar no Japão desde o séc. XII, outro nome é o Kirie que significa imagem cortada. No Brasil o kirigami surgiu com a imigração japonesa, no Paraná, veio em forma de uma figura ontológica chamado de Circuíto, famoso andarilho que ganhava a vida vendendo seus kirigamis pelo norte do Paraná. Depois de sua morte, aqui em Londrina, houve um hiato que só foi rompido com o meu trabalho (Ângelo). Pra mim kirigami surgiu com a força de um arrebatamento, já havia terminado o Mestrado em Microbiologia e estava lecionando química quando (Nádia e Nívea) me pediram pra ajudar a decorar a sala de inglês para o dia das bruxas. Dentro da limitação da escola pública, só havia papel, e instintivamente já comecei a cortar, até que um anjo chamado Deiko Miya me perguntou "onde você aprendeu isso? isto é kirigami!" e como uma luz me iluminasse eu me espantei -como saber algo que nem sabia que existia e como posso saber tanto de algo que nunca aprendi? Depois disto foi uma bola de neve que foi crescendo até chegar aqui. Hoje eu crio, pesquiso, ensino, exponho, divulgo e formo público de kirigami em Londrina e região além das performances de histórias cortadas, onde conto histórias, crio os personagens e os animo na dinâmica da narrativa em feiras de Livros para incentivo a leitura. O kirigami bidimensional pode ser classificado em três grandes grupos: os assimétricos, os simétricos e os de simetria mista. O kirigami tridimensional é um universo maior ainda, onde, no curso, começo com kirigami tridimensional de simetria bilateral, e conforme os alunos aprendem os eixos de simetria, vou ensinando a aplicação dos eixos de simetria para a terceira dimensão. Há algumas vertentes no que se refere ao corte, o pop-up de cartões que pulam a imagem, o origami arquitetônico que usa estilete para desenhar fachadas de arquitetura e puxá-las para a terceira dimensão e a colagem com sobreposições de papéis cortados. O kirigami  estilo tesoura livre  mostra instantaneamente que não é preciso mais nada. O uso de cola não desmerece o trabalho na construção de kirigamis geométricos que abrange os regulares, os semirregulares e os irregulares.