domingo, 28 de agosto de 2011

kirigami de peixe transgeométrico de Angelo Cesar Meneghetti

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O USO DO KIRIGAMI COMO MÉTODO SINESTÉSICO E LÚDICO PARA REFORÇO ESCOLAR DE ALUNOS COM TRANSTORNO FUNCIONAL ESPECÍFICO

O USO DO KIRIGAMI COMO MÉTODO SINESTÉSICO E LÚDICO PARA REFORÇO ESCOLAR DE ALUNOS COM TRANSTORNO FUNCIONAL ESPECÍFICO

Ângelo César Meneghetti

“o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.” PIAGET (1967),



Resumo:

Este estágio no Colégio Estadual Professor Vicente Rijo trabalhei com alunos de 5ª a 8ª séries do NAAH/S e do DI/TFE que são Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/ Superdotação e Deficiente Intelectual/ Transtorno Funcional Específico no período de 09 a 22/06/2011 sob a supervisão das professoras, Joicy Alves Quintella e Rose Aparecida Gonzalez, nos turnos da manhã e da tarde. Este estágio foi muito gratificante, pois me proporcionou o contato com dois extremos que a escola pública normalmente não contempla pelas suas especificidades, por serem rápidos ou lentos demais. A equipe pedagógica me proporcionou a liberdade de ensinar kirigami a estes alunos, por verem neste trabalho qualidades que somariam a suas genialidades e suas dificuldades. Para este artigo elegi o grupo DI/TFE. O método sinestésico com visão da interdisciplinaridade no qual foi trabalhado o kirigami semeou potencialidades nos superdotados e auxiliou na prática a visualização de conceitos matemáticos aplicados a arte, no senso de eficácia pessoal e na comunicação dos deficientes funcionais específicos.



ABSTRACT

Esta etapa en la escuela Profesor Vicente Rijo trabajaron con estudiantes de 5 º a 8 º grados de DI / TFE lo que significa que la discapacidad intelectual / trastorno funcional específica en el período del 09 al 06/22/2011, bajo la supervisión de los profesores,Joicy Quintella y Rose González en la mañana y la tarde.Esta etapa fue muy gratificante, porque me dio el contacto con uno de los extremos que la escuela pública por lo general no cubre, porsu especificidad, ya que son muy lentos. El personal docente me dio la libertad para enseñar a estos Estudiantes Kirigami, porque ven que estas cualidades de trabajo que se sumaría a sus dificultades. El método kinestésica en vista de la interdisciplinariedad en el que se trabajó Kirigami sembró el potencial de talento y colaboró en la práctica de la visualización de conceptos matemáticos aplicados al arte en el sentido de eficacia personal y la comunicación de determinadas discapacidades funcionales.



INTRODUÇÃO

Há três canais naturais de comunicação entre as pessoas, que elas usam sem si quer se dar conta, conforme explica a neurolinguística. Um canal apela para o visual, o segundo apela para a fala e o terceiro, o sinestésico, se recorre do toque. O sinestésico não consegue se comunicar sem tocar no interlocutor, às vezes causando incômodo nos que utilizam o canal visual e o da fala, que estranham alunos que pega. O interesse pelo kirigami é por este ser sinestésico e interdisciplinar, no qual é possível que o aluno visualize na prática conceitos que serão abstraídos e codificados para sua compreensão, engloba um conjunto geral de percepções e sensações interligadas por processos sensoriais e neurológicos.



DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A escola pública normalmente não contempla alunos superdotados ou com deficiência funcional específica, justo pelas suas especificidades, por serem rápidos ou lentos demais. O grupo do DI/TFE estava com reforço escolar principalmente em matemática pela dificuldade de abstração que estes apresentam. Usando o Kirigami como método sinestésico, é possível extrapolar a arte para o reforço em matemática e aumento do senso de eficácia pessoal?



DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA, MATERIAL E MÉTODO

O Colégio Estadual Professor Vicente Rijo é uma das maiores escolas estaduais da cidade de Londrina-PR (Brasil), funciona em três turnos e atende a uma grande quantidade de alunos de todas as idades. Escolhi este colégio porque já fui aluno e professor de Química nesta Escola. Consegui o estágio porque já conhecia alguns professores que me acolheram e me encaminharam para dois extremos, o NAAH/S e o DI/TFE que são Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/ Superdotação e Deficiente Intelectual/ Transtorno Funcional Específico que acolhia alunos de 5ª a 8ª séries do Colégio Vicente Rijo e outras escolas. Neste artigo elegi os alunos do DI/TFE por ser o grupo com quem mais tempo trabalhei.


O material básico é papel, tesoura, lápis e em alguns casos cola. O método sinestésico eleito foi o kirigami pelo meu conhecimento pessoal do assunto. Uma vez tendo a liberdade de trabalhar com o kirigami, a questão foi à integração com a realidade individual e dos pequenos coletivos do DI/TFE, neste caso a arte deveria se integrar a conceitos como simetria, translação, rotação, divisão, multiplicação, frações, porcentagem, operações com frações etc. tudo aliado ao prazer, a motivação, ao sucesso e a eficácia pessoal.



REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo NEVES, “O Lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa.

Seguindo o pensamento simples no qual um trabalho prático, lúdico e prazeroso seria capaz de capturar e focar a atenção para algo que lhes interesse. Uma vez conseguindo a motivação vem o desafio de transpor a experiência prática da arte para os conceitos teóricos abstratos e matemáticos.

“José Carlos Libâneo define as três palavras chaves - educação, instrução e ensino -, suas diferenças e sentidos diversos. A educação é apresentada como um conceito mais amplo. Podemos sintetizar o conceito de educação como sendo uma modalidade de influências e inter-relações que convergem para a formação da personalidade social e do caráter, sendo, portanto, uma instituição social. Já a instrução está relacionada à formação e ao desenvolvimento das capacidades cognoscitivas do indivíduo, mediante o domínio de certos conhecimentos. O ensino, por sua vez, é conceituado como sendo as ações, meios e condições para que aconteça a instrução. Dessa forma, verifica-se que a instrução está, de certa maneira, subordinada à educação. Estas relações criam uma relação intrincada destes três conceitos básicos os quais são responsáveis pelo ato de educar. Libâneo destaca que podemos instruir sem educar ou vice-versa. Pois, a real educação depende de transformarmos estas informações em conhecimentos, tendo nos objetivos educativos uma forma de alcançarmos a educação.”



RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com o objetivo de desenvolver a coordenação psicomotora, construir conceitos pelo método sinestésico, trabalhar em cima da motivação dos alunos independente do grau de dificuldade, e resgatar o senso de eficácia pessoal os conteúdos dançam de forma dinâmica para atender as necessidades de cada momento, os materiais didáticos básicos foram papéis, tesouras e lápis, em alguns casos, cola. A aula foi interativa, prática e teórica.

No encontro em sala de aula busquei cativar a motivação e conceitos básicos de simetria, que a posterior seria traduzida de forma matemática à poética do papel. Os alunos se mostraram receptivos, alguns tinham uma desenvoltura enquanto outros tinham pouca coordenação motora, como se uma fase do desenvolvimento cognitivo, psicomotor e semântico fosse suprimido da vida deste estudante. Mas como a motivação intrínseca estava presente, a vontade de fazer foi maior que o grau de dificuldade encontrado pelos alunos e não tive nenhum desistente de nenhuma das propostas uma vez que o tema era gerado pelos próprios alunos.
Com o planejamento posto em prática, as regências aos poucos foram mostrando suas surpresas, a vontade é uma força enorme e o grau de dificuldade é superado pela motivação, com erros e acertos a superação é o lema, uma vez cativado a motivação vem a próxima etapa que é a construção do conhecimento, agora é transpor os objetos de kirigami para conceitos matemático e demonstrar na prática sua aplicação direta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Saber adaptar a arte a outras disciplinas requer conhecimento que a arte pela arte não contempla. Arte-educação é diferente de história da arte, já que podemos instruir sem educar o aluno. De que vale o renascimento italiano ou as vanguardas russas para alunos com desamparo adquirido? Onde suas histórias são sucessões de fracassos, dificuldade financeira e desestruturação dos lares, em um caso há suspeita da síndrome do X frágil onde o problema genético é o responsável pela dificuldade escolar.

Isto me fez repensar a função social da escola, é apenas preparar para o vestibular ou é preparar para a vida? Não proponho nenhuma modificação radical, neste momento só propus um pouco de arte para uma melhor compreensão e expressão do mundo. A escola pública sempre foi voltada aos alunos médios, tanto os superdotados como os deficientes funcionais específicos estavam excluídos, Neste momento pude conhecer estes dois grupos distintos e ver suas maravilhas, são jovens descobrindo seu lugar no mundo, não vi uma diferença assim tão grande entre estes dois grupos a não ser a velocidade de captura e retenção das informações, mas ambos os grupos são capazes de exercer uma função psicomotora uma vez treinada para a função, percebi que, estimulados, ambos os grupos criam segundo sua história, e o produto final é uma questão de estilo, estou apenas para estimulá-las e não para julgar uma estética cultural pessoal.

Foi fruto de debate entre a supervisão sobre os métodos visuais, auditivos e sinestésicos empregados na escola, os professores atualmente usam os métodos visuais e auditivos e pouco se comprometem com o sinestésico, só que na prática a maioria dos alunos são sinestésicos e precisam de uma prática associada a construção do conhecimento para maior compreensão e abstração do conteúdo do currículo escolar. O interesse do kirigami é por este ser sinestésico e interdisciplinar, no qual é possível que o aluno visualize na prática conceitos que serão abstraídos e codificados para sua compreensão, engloba um conjunto geral de percepções e sensações interligadas por processos sensoriais e neurológicos. A propriedade de focar a atenção, concentração, capricho etc. vêm da propriedade lúdica do kirigami.

A contribuição do estágio para minha formação foi o desenvolvimento pessoal e profissional, o exercício do ensinar e aprender brincando, a consciência do importante papel do professor na formação dos alunos, perceber a diferença, ver de perto a força transformadora da arte, a fusão da teoria com a prática, e o quanto o kirigami pode contribuir positivamente para a educação em habilidades e competências.









REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

As citações foram tiradas das paginas da internet em 27/06/2011.

http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1967856-educa%C3%A7%C3%A3o-instru%C3%A7%C3%A3o-ensino-did%C3%A1tica/

http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1967856-educa%C3%A7%C3%A3o-instru%C3%A7%C3%A3o-ensino-did%C3%A1tica/#ixzz1QW35fY18

http://profsergiohenrique.blogspot.com/2010/05/sindrome-do-x-fragil.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinestesia

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100928081941AAOH5CZ

http://www.profala.com/arteducesp140.htm

FREIRE, ANA MARIA, Concepções Orientadoras do Processo de Aprendizagem do oi Ensino nos Estágios Pedagógicos. Departamento de Educação – Universidade de Lisboa.