No começo do meu processo de pintura na UEL meu professor Danilo Villa sugeriu que eu pesquisasse Henri Matisse pois este trabalhou com pintura e recorte. No entanto meu desejo de trabalhar com papéis policromáticos me fez refletir sobre seu efeito sobre o meu trabalho de kirigami. Como já trabalho com simetrias e miniaturas, o Danilo pediu o assimétrico e proporções cada vez maiores. O efeito do corte linear sobre o papel forma uma mancha pictórica que não é apenas uma sombra ou silueta de algo, é algo a mais que a policromia do papel faz, como efeito de paisagem que conta uma história que sobreposto com o recorte passa a contar outra história. A pintura traz uma temporalidade, principalmente depois de ver as fotos de Haruo Ohara, observando ou lembrando de memória, fiz uma pequena série em sua homenagem. O que me agradou foi a linha formando uma mancha, formando uma imagem que traz um elemento pictórico ao kirigami que transcente o que era apenas o corte do papel que revela a forma em sí. A relação harmônica da forma e as cores busca contar algo mais que apenas cores e formas.
Seus comentários são bem poéticos, mas lembra sim Matisse, são silhuetas, e mesmo com variações de cores não tem definições lineares em si, são cores mescladas a forma do papel; as peças que você faz normalmente são de que tamanho?
ResponderExcluirEstas foram grandes, algumas com mais de um metro, já tenho as medidas mas preciso adicionar no blog as dimensões. Uma das propostas do Prof. Danillo era aumentar o tamanho já que o recorte eu dominava. O lance das cores policromáticas é que acabam informando um sentimento dentro da forma. A fusão das formas e cores intensificou mais a emoção do que somente a forma ou as cores em separado. Na pesquisa tem o Matisse, o Haruo Ohara e pesquisei os mitos gregos também. Depois desta fase eu faço um estudo do corpo masculino que já está no blog. Abçs
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